O DIÁLOGO DA BATATA LUSA COM A BATATA CASTELHANA (Setembro 1999)
Exilado por uns dias noutro Continente, debaixo das últimas chuvas que se seguiram na cauda do furacão Floyd, não pude ver o debate em que o Dr. Portas levou consigo umas batatas. Nem sabem a pena que tive.
A história das batatas esteve para ser comigo nas europeias, na versão pera-rocha. O Dr. Portas pensou levar para um debate televisivo, após conveniente discussão com os seus publicitários, uma pera-rocha. Na época as palmetas não estavam acessíveis e levar um peixe para estúdio tem os seus problemas, porque senão podia ser que fosse a molhada palmeta em vez da verde pera. Tive ainda mais pena, porque o ridículo que cairía sobre o Dr. Portas, faria concerteza mais pela agricultura portuguesa, que a demagogia da pera.
Mas fiquemo-nos pela batatas. Eu estou imaginando o que cada uma das batatas diria à outra e estive para fazer este artigo ao estilo dos “apologos dialogais” de D. Francisco Manuel de Melo, fazendo conversar a batata lusa com a batata castelhana. Mas faltou-me o engenho, a arte e os pormenores. Os pormenores é que eram o fundamental e aqui o exílio pesa.
As batatas certamente teriam muito que dizer, em particular sobre o senhor que as trouxera à arreata para cima da mesa. Como é que elas tinham vindo do humus para aquela mesa? De jeep, num daqueles veículos de tracção às quatro rodas, com design e comprados pelo FEOGA? Ou de Audi, ou Mercedes? E da porta da televisão ao estúdio? Como é que elas tinham vindo? Nos bolsos do Dr. Portas? E não estragavam o fato? Num saquinho de plástico do supermercado? Numa pasta Louis Vuitton? Num saco Gucci? Comprou-as o Dr. Portas num supermercado ou foi um agriculto que lhas deu? Eram as batatas politicamente correctas, a portuguesa pequena e triste e a espanhola, cheia e lustrosa? Ou uma versão ainda politicamente mais correcta, era a portuguesa grande e borbulhosa, cheia de hidratos de carbono, e a espanhola luxuosa e cheirando a pesticida? Eram as batatas novas ou velhas? Estavam greladas ou não? Tinham pó? Estavam protegidas contra o escaravelho? Guardou-as o Dr. Portas no fim para as devolver ao agricultor, ou comeu-as, ou deixou-as para os cameraman , já que no aproveitar é que está o ganho? Ah! Se as batatas falassem….
Eu imagino o comentário indignado que passará pela cabeça do Dr. Portas: “ele está a gozar com a sorte dos agricultores portugueses para quem estas são questões de vida ou de morte….”. E fará o seu ar mais compungido.
Não, Dr. Portas. Quem não tem respeito pelos agricultores portugueses, como aliás não tem pelos reformados, pelos pobres, pelas famílias – é o actual presidente do PP. Usa-os, mas não os respeita. Nem pouco, nem muito, nada.
Porque se há coisa de que eu tenho a certeza absoluta é que o Dr. Portas não quer saber para coisa nenhuma nem com os pobres, nem com os agricultores, nem com os reformados, a não ser como votos.
Aliás, isto não é segredo para ninguém e apenas é iludido pela protecção e projecção que a máquina do Dr. Jorge Coelho dá ao Dr. Portas. Bastava ver e entender o que se conhece da carreira política do Dr. Portas, nas suas duas metades – como director de um jornal político e como dirigente do PP – para se perceber aquilo que ele uma vez distraído disse: que acha que os portugueses não valiam nada.
É o que ele pensa porque se pensasse outra coisa, não vinha com as batatas, com as vaquinhas, com as lições de moral.
Exilado por uns dias noutro Continente, debaixo das últimas chuvas que se seguiram na cauda do furacão Floyd, não pude ver o debate em que o Dr. Portas levou consigo umas batatas. Nem sabem a pena que tive.
A história das batatas esteve para ser comigo nas europeias, na versão pera-rocha. O Dr. Portas pensou levar para um debate televisivo, após conveniente discussão com os seus publicitários, uma pera-rocha. Na época as palmetas não estavam acessíveis e levar um peixe para estúdio tem os seus problemas, porque senão podia ser que fosse a molhada palmeta em vez da verde pera. Tive ainda mais pena, porque o ridículo que cairía sobre o Dr. Portas, faria concerteza mais pela agricultura portuguesa, que a demagogia da pera.
Mas fiquemo-nos pela batatas. Eu estou imaginando o que cada uma das batatas diria à outra e estive para fazer este artigo ao estilo dos “apologos dialogais” de D. Francisco Manuel de Melo, fazendo conversar a batata lusa com a batata castelhana. Mas faltou-me o engenho, a arte e os pormenores. Os pormenores é que eram o fundamental e aqui o exílio pesa.
As batatas certamente teriam muito que dizer, em particular sobre o senhor que as trouxera à arreata para cima da mesa. Como é que elas tinham vindo do humus para aquela mesa? De jeep, num daqueles veículos de tracção às quatro rodas, com design e comprados pelo FEOGA? Ou de Audi, ou Mercedes? E da porta da televisão ao estúdio? Como é que elas tinham vindo? Nos bolsos do Dr. Portas? E não estragavam o fato? Num saquinho de plástico do supermercado? Numa pasta Louis Vuitton? Num saco Gucci? Comprou-as o Dr. Portas num supermercado ou foi um agriculto que lhas deu? Eram as batatas politicamente correctas, a portuguesa pequena e triste e a espanhola, cheia e lustrosa? Ou uma versão ainda politicamente mais correcta, era a portuguesa grande e borbulhosa, cheia de hidratos de carbono, e a espanhola luxuosa e cheirando a pesticida? Eram as batatas novas ou velhas? Estavam greladas ou não? Tinham pó? Estavam protegidas contra o escaravelho? Guardou-as o Dr. Portas no fim para as devolver ao agricultor, ou comeu-as, ou deixou-as para os cameraman , já que no aproveitar é que está o ganho? Ah! Se as batatas falassem….
Eu imagino o comentário indignado que passará pela cabeça do Dr. Portas: “ele está a gozar com a sorte dos agricultores portugueses para quem estas são questões de vida ou de morte….”. E fará o seu ar mais compungido.
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